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17/03/2015

Anestesiados


By: Ana Luíza Candida 


Eu não tinha o objetivo de lhe magoar ou de lhe fazer mal. Desculpe me . Eu agir com o coração, só que ele estava batendo forte e fiquei cega pelo desespero de me ver  novamente no pico do precipício. Eu não queria aquilo para mim, não queria isso para nós. O antes era o nosso agora mas o agora de hoje é o nosso presente. Queria que tudo voltasse a ser o antes. No precipício senti a brisa me forçando a cair e tive medo. Medo de sofrer. O engraçado é que  a brisa enganou o meu coração. Hoje, estou sofrendo porque tive medo de cair, mas estou me afogando cada vez mais. Engolindo lágrimas e decepções, querendo enxergar o lindo céu azul mas só podendo ver aquilo que eu jurava ser o amor. 
Eu estou magoada comigo mesma, querendo voltar a trás. Me ensinaram que a vida só anda pra frente e é pra onde estou indo : para o por do sol. A dor? Me domina. Já estou toda anestesiada por ela, guardei-a no bolso para não fazer tão estrago.
Aprendemos com decorrer da vida que a dor não podemos esquecê-la o que fazemos é se acostumar com ela. Aprender a respirar de baixo d'água. Aprender voar sem asas. Seguir a vida sem olhar para trás. Viver o passado no passado e o futuro no futuro. 
Todos sofremos, todos estamos anestesiados por essa "dor".

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