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14/11/2014

Escrever-me

 by Ana Luíza Candida
 

Ruim mesmo é quando o coração para de sentir e o cérebro começa ver. Eu te vi,estava escuro mas eu pode te ver. Seus olhos te entregam. Desculpe-me por ter pensado que você traria a luz que me mandaram procurar, eu acreditei que era você minha luz. Desculpe se te forcei  fazer algo que não queria. Não foi minha intenção deixa-lo confuso. Desculpe-me se aprofundei as coisas, é que ainda não aprendi a nadar.
Queria ser outra pessoa mas não sou, talvez as pessoas queriam que eu fosse outra pessoa... que pensasse diferente.
Eu só queria saber como seria bom amar alguém e me sentir amada. Eu queria saber viver da forma correta, já sabem como é a fórmula da vida?
Talvez possa me isolar... talvez isso é que deve ser feito: Isolar-se de mim.
Não vou ser mais eu, por que já que a pessoa que eu mais queria que gostasse da forma que sou não gostou, tem algumas coisa errada.
As coisas. Algo dentro de mim, está caindo. Não posso pedir ajuda, me calei para o bem dos próximos. Quietei-me. Tendo cata-las, porém a gravidade aqui é outra.
Escrever-me.
Escrever-te deu errado.
Tem algo de errado comigo.
Me assusto quando vejo algo dentro de mim.
Sentimentos virando céus nublados, amor virando paisagem.
Algo de errado.
És eu ou o mundo?
Não sou imune ao mundo e ele não é imune a mim.
Tô pedindo socorro no vácuo.
Ninguém me ouve, ninguém acredita em mim.
Há algo de errado?
Eu confiei seu amor à mim, e eu o meu amor a ti.
Sufoca-me.
Afoga-me.
Lágrimas de um oceano dentro de mim vazando, transborda solidão.

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